AS RELAÇÕES ENTRE EROS E LOGOS NA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL

Breno Augusto de Assis Siciliano, Vagner Sassi

Resumo


A época na qual vivemos passa por uma crise estrutural. Não que o homem tenha deixado de sentir, mas em consequência da hegemonia da razão, ele se distanciou da realidade. A exclusividade da razão, em detrimento do sentimento e do desejo, deu origem a pessoas vazias, solitárias e ansiosas. Por isso, a fim de se encontrar alternativas e soluções para essa crise generalizada, é fundamental compreender como se deu a hegemonia do Logos na civilização ocidental. Assim como a racionalidade do Logos, também o Eros, compreendido enquanto sentimento e desejo, pertence e nasce com todos os indivíduos. Mas como se relacionam esses dois princípios? Se temos um Eros totalmente submisso ao Logos, existirá uma razão que domina a vontade e o desejo, impossibilitando qualquer relação verdadeira com o outro. Mas também o Eros não pode dominar a razão, fazendo com que a pessoa se entregue totalmente às suas vontades. Como alternativa, encontra-se na figura de Francisco de Assis a harmonia entre esses dois aspectos, no sentido de um Eros que convive com o Logos.


Palavras-chave


Eros (ἒρως). Logos (λόγος). Harmonia.

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