EXISTENCIALISMO EM FOCO: A EXPERIÊNCIA DE LIBERDADE A PARTIR DA OBRA “O CONCEITO DE ANGÚSTIA”, DO FILÓSOFO SØREN AABYE KIERKEGAARD
Resumo
Kierkegaard apresenta, em sua obra “O Conceito de Angústia”, uma visão de ser humano como possibilidade, em sendo ele mesmo, tornar-se o que de fato é, sem limites ou mediações. Inspira-se principalmente no pensamento socrático. Voltado à uma experiência a partir de sua crença, baseia seus conceitos de sofrimento como uma virtude, tendo como objetivo a fé e a possibilidade existente no homem, como bases fundamentais para auxiliá-lo e consequentemente, vencer as provações dessa mesma angústia, dentro de sua experiência profunda e pessoal. Pode o homem libertar-se de seus mitos e estar aberto à possibilidade que seus sentimentos oferecem dentro da experiência pessoal, mesmo estes parecendo tão negativos? Para o autor, conhecendo o homem interior, há a possibilidade de superar as crenças defasadas, pautadas em uma Filosofia Existencial. Toda essa filosofia tem embasamento na relação que o homem cria e no seu interesse, onde permeia e perpassa toda sua vontade. Expõe a Angústia como a possibilidade de liberdade, ainda que tolhida na alma, dando ao mesmo, na experiência do nada, ser capaz de várias coisas, dentro de suas individualidades e decisões. Assim, a Angústia se transforma em uma experiência de busca pela liberdade, alicerçada e comprovada em algo que perpassa o que é visível. Assumindo uma posição que caminha na contramão do que era proposto pelos filósofos idealistas de sua época, onde realidade e concretude se davam na experiência vivencial e concreta do homem, expõe, a partir destas mesmas experiências, a temporalidade do humano em contraposição com a infinitude e a eternidade, o Sagrado, pautada na transcendência oferecida pela concretude da fé, traduzida no cotidiano humano.
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